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Salário e remuneração: entenda a diferença! | Zenklub

Escrito por Rui Brandao | 21/11/2024

No cenário profissional, entender o que significa salário e remuneração é fundamental para trabalhadores e empregadores. Embora esses termos sejam frequentemente usados de forma intercambiável, cada um engloba diferentes aspectos do pacote financeiro oferecido aos colaboradores. 

O salário se refere à quantia fixa acordada entre empregado e empregador, enquanto remuneração inclui benefícios flexíveis, bônus e outras formas de compensação. 

Este texto busca descomplicar esses conceitos, proporcionando uma visão clara das práticas salariais. Vamos explorar esses termos e examinar exemplos práticos que ilustram como são aplicados no ambiente de trabalho atual.

O que é salário e remuneração?

Salário e remuneração são termos frequentemente utilizados no contexto do ambiente de trabalho e se referem à compensação financeira que os trabalhadores recebem por seus serviços. 

O salário é a quantia fixa acordada entre o empregador e o empregado, geralmente expressa em termos mensais ou anuais, e representa a parte principal da remuneração. 

Por outro lado, a remuneração engloba não apenas o salário base, mas também outros benefícios corporativos e formas de compensação oferecidos ao trabalhador. Isso pode incluir bônus, comissões, participação nos lucros, benefícios como plano de saúde, vale-refeição, vale-transporte, entre outros. 

A remuneração total reflete, portanto, o pacote completo de compensação que um funcionário recebe em troca de seu trabalho.

Entender a distinção entre salário e remuneração é fundamental para profissionais e empresas, pois impacta diretamente nas práticas de gestão de benefícios, de recursos humanos e na satisfação e motivação dos colaboradores.

Tipos de salário

Compreender esses diferentes tipos de salário é crucial para empregadores e empregados, pois permite uma escolha consciente e alinhamento das práticas salariais com os objetivos e valores de ambas as partes. Os principais são:

Salário fixo

O salário fixo é a forma mais comum de remuneração, onde o trabalhador recebe uma quantia pré-determinada regularmente, seja mensal ou anual. Este modelo oferece estabilidade financeira, mas pode não refletir diretamente o desempenho individual.

Salário variável

Em contraste, o salário variável é atrelado ao desempenho e resultados alcançados pelo trabalhador. Comumente utilizado em vendas, comissões e bônus por metas atendidas são exemplos desse tipo de remuneração, incentivando o alcance de objetivos específicos.

Salário por hora ou tarefa

Trabalhadores por hora ou tarefa recebem remuneração proporcional ao tempo dedicado ou à conclusão de uma atividade específica. É típico em trabalhos temporários ou freelancers, proporcionando flexibilidade tanto para empregadores quanto para funcionários.

Salário por competência

Esse modelo leva em consideração as habilidades e competências individuais do trabalhador. Quanto mais habilidades e qualificações o profissional possui, maior é seu salário. É uma abordagem que valoriza a formação e experiência.

Salário mínimo

O salário mínimo é o valor estabelecido por lei que representa o menor montante que um empregador pode pagar a um trabalhador. Ele serve como base para garantir condições mínimas de subsistência e varia de acordo com políticas governamentais e condições econômicas. Também influencia em outros aspectos da legislação como por exemplo salários de benefício e da contribuição

Piso salarial

O piso salarial é um valor mínimo estabelecido para determinadas categorias profissionais ou setores específicos, geralmente por meio de negociações coletivas ou legislação. Ele visa assegurar uma remuneração justa e adequada às características e demandas de determinadas profissões.

Tipos de remuneração

Entender os diversos tipos de remuneração, incluindo comissões e salário indireto, é essencial para empregadores e colaboradores, pois permite a adaptação de estratégias que atendam às necessidades específicas de cada contexto profissional, promovendo motivação, retenção e equidade no ambiente de trabalho.

Remuneração funcional

É composta por uma quantia pré-acordada, geralmente expressa em termos mensais ou anuais, oferecendo estabilidade financeira aos trabalhadores. Este tipo de remuneração é independente do desempenho individual e é comum em diversos setores.

Remuneração variável

Diferentemente da remuneração fixa, a variável está diretamente relacionada ao desempenho e resultados alcançados pelo colaborador. Inclui bônus, comissões e outras formas de compensação atreladas ao cumprimento de metas ou objetivos específicos, incentivando o alcance de resultados.

Participação nos Lucros e Resultados (PLR)

A PLR é uma modalidade de remuneração que compartilha os lucros e resultados da empresa com os funcionários. Isso cria um ambiente de colaboração e incentiva a busca por metas coletivas, estabelecendo um vínculo direto entre o desempenho organizacional e a compensação dos colaboradores.

Comissões

As comissões são uma forma específica de remuneração variável, comuns em vendas. Os trabalhadores recebem uma porcentagem do valor das vendas realizadas, proporcionando incentivos diretos para impulsionar o desempenho comercial.

Salário indireto

Além da remuneração principal, o salário indireto inclui benefícios como plano de saúde, vale-refeição, vale-transporte, entre outros. Esses benefícios adicionais compõem a remuneração total, contribuindo para a atratividade e satisfação dos colaboradores.

Considerações legais sobre salário e remuneração

A CLT aborda diversos aspectos relacionados a salário e remuneração, contemplando regulamentações específicas para adicionais como horas extras, noturnas e insalubridade. Além disso, estabelece diretrizes sobre a participação nos lucros e resultados, salário-família, salário-educação, entre outros benefícios.

O artigo 457 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece a definição de salário, englobando não apenas a quantia fixa acordada, mas também as gorjetas, as comissões, as gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. 

Além disso, prevê que tais parcelas não integram a remuneração do empregado, salvo se a natureza da verba indicar o contrário.

A Lei 13.467/2017, conhecida como Reforma Trabalhista, trouxe alterações significativas nas relações trabalhistas no Brasil. Dentre as mudanças, destacam-se aspectos relacionados à negociação coletiva, flexibilização na jornada de trabalho, remuneração por produtividade, além da criação do contrato intermitente. 

A reforma visa modernizar as relações entre empregadores e empregados, proporcionando maior autonomia para acordos diretos.

A CLT também estabelece regras referentes ao salário mínimo, garantindo um valor que assegure condições mínimas de subsistência aos trabalhadores. 

Além disso, a legislação prevê a possibilidade de estabelecimento de pisos salariais por meio de negociações coletivas, respeitando as características de cada categoria profissional.

Considerando esses pontos legais, é fundamental que empregadores e empregados estejam cientes das normativas para garantir o cumprimento adequado das obrigações trabalhistas e promover relações laborais justas e equitativas.

O que pode influenciar no salário e remuneração?

Vários fatores podem influenciar o salário e a remuneração de um profissional, refletindo a complexidade e dinâmica do mercado de trabalho. Alguns dos principais pontos a serem considerados incluem:

  • Negociação salarial: A habilidade de negociação do candidato ou do colaborador pode impactar diretamente o salário. Negociações bem conduzidas podem resultar em pacotes mais vantajosos, destacando-se não apenas o salário base, mas também benefícios e condições especiais.
  • Diferenças entre setores e cargos: Setores e indústrias distintas muitas vezes oferecem diferentes níveis de remuneração. Profissões ou cargos específicos podem demandar habilidades técnicas mais especializadas, influenciando positivamente os salários. Setores em crescimento também tendem a oferecer melhores oportunidades dentro do plano de cargos e salários.
  • Políticas internas da empresa: Cada empresa tem suas próprias políticas salariais, levando em consideração fatores como tamanho, localização geográfica, setor de atuação e estratégias de recursos humanos. Algumas organizações podem priorizar benefícios, enquanto outras focam em salários competitivos.
  • Comissões e incentivos por desempenho: Muitas posições, especialmente nas áreas de vendas, oferecem comissões ou bônus relacionados ao desempenho. O alcance de metas específicas pode significar uma compensação adicional, proporcionando aos colaboradores uma chance de aumentar sua remuneração total.
  • Adicionais e benefícios: Adicionais como horas extras, trabalho noturno, periculosidade ou insalubridade podem influenciar diretamente a remuneração. Além disso, benefícios como plano de saúde, vale-refeição, transporte, previdência privada, entre outros, contribuem para a composição do pacote total de compensação. 
  • Experiência e qualificações: A experiência profissional e as qualificações educacionais desempenham um papel crucial na determinação do salário. Profissionais mais experientes ou com habilidades específicas podem demandar salários mais altos devido ao valor adicional que trazem para a empresa.
  • Conjuntura econômica: Fatores econômicos, como inflação, taxa de desemprego e condições do mercado, também exercem influência. Em momentos de crescimento econômico, as empresas podem oferecer salários mais atrativos para atrair talentos, enquanto em períodos de recessão, as negociações salariais podem ser mais desafiadoras.
  • Negociações coletivas e acordos sindicais: Em algumas categorias profissionais, as negociações coletivas e acordos sindicais têm impacto direto nos salários e benefícios. As condições de trabalho são frequentemente estabelecidas por meio desses acordos, influenciando a remuneração dos trabalhadores.

O que compõe o salário?

O salário, como componente fundamental da remuneração, abrange diversos elementos que refletem a compensação financeira direta do trabalhador. 

Este inclui não apenas a quantia fixa acordada entre empregado e empregador, como estabelecido no artigo 457 da CLT, mas também engloba outras parcelas, tais como comissões, gratificações, gorjetas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. 

Importante destacar que algumas dessas parcelas podem ou não integrar a remuneração total do trabalhador, dependendo da natureza da verba.

O que compõe a remuneração?

Por sua vez, a remuneração representa o conjunto mais amplo de compensações oferecidas ao trabalhador. Além do salário base, ela incorpora benefícios e incentivos diversos. 

Comissões e bônus vinculados ao desempenho individual são formas de remuneração variável, proporcionando ao colaborador a oportunidade de aumentar seus ganhos. Adicionais, como horas extras, noturnas e insalubridade, também compõem a remuneração total, refletindo as condições específicas de trabalho. 

Adicionalmente, benefícios como plano de saúde, vale-refeição e vale-transporte são considerados parte integrante da remuneração, contribuindo para a satisfação e bem-estar do trabalhador.

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Créditos da imagem: Nuttawan Jayawan em iStock.