A deficiência intelectual ou transtorno do desenvolvimento intelectual é uma condição que tem como característica a inteligência abaixo da média. Mas, ainda hoje há uma imagem errada de as pessoas que sofrem dessa condição são completamente dependentes ou sem qualquer discernimento. Isso é muito negativo e cria uma imagem cheia de preconceitos que só tornam ainda mais difíceis os desafios que essas pessoas enfrentam.
Na verdade, a questão é bem mais complexa do que essa ideia errada sobre o que é deficiência intelectual. Por isso, preparamos este post para você entender melhor e, assim, aprender a lidar melhor com ele.
É um distúrbio do neurodesenvolvimento. Ou seja, é um tipo de transtorno neurológico que afeta a habilidade de interação social, comunicação, raciocínio lógico, entre outras. Além disso, prejudica o aprendizado, a atenção, a memória e a linguagem da criança.
Por exemplo, uma criança que tem deficiência intelectual tem um nível cognitivo e comportamental menor ao esperado para a idade. Por isso, muitas crianças e adultos nessa condição são vistas como imaturas. Mas, a verdade é que esse problema compromete e atrapalha a adaptação, tornando mais difícil fazer as coisas normais do dia a dia.
A deficiência intelectual é causada por um desequilíbrio no cérebro. Como resultado, as conexões neurológicas não funcionam muito bem, perdendo funções intelectuais importantes. Ou seja, isso resulta em um quociente de inteligência (QI) menor que a média.
Mas é preciso lembrar que isso não afeta todos da mesma forma. Por isso, podemos classificá-lo em 4 níveis diferentes: o nível leve, moderado, grave ou profundo. A avaliação é feita de acordo com a função intelectual e adaptativa da pessoa.
Os sintomas geralmente são bem claros, mas nem sempre o diagnóstico vem cedo. Nos casos leves, os primeiros sinais costumam ser notados somente na idade escolar. Já nos casos moderados ou acima, às vezes é possível perceber os sinais nos primeiros anos de vida. Separamos alguns dos principais sintomas para que você aprenda a identificar:
Um dos principais sintomas é o atraso no desenvolvimento. Como essas crianças aprendem de forma mais lenta, elas têm dificuldade para usar as palavras ou construir frases. Além disso, existe um atraso também nas atividades do dia a dia, como se vestir, comer, e nas habilidades adaptativas.
A deficiência intelectual pode vir acompanhada de anomalias. Ou seja, é possível perceber algumas características físicas nessas pessoas. Nessa situação, logo no parto ou pouco depois, já é possível perceber algumas particularidades. As mais comuns são, por exemplo, cabeça grande ou pequena demais, peculiaridades faciais e deformidades dos membros. Mas é importante saber que tais manifestações podem variar bastante de criança para criança.
Algumas crianças demonstram a deficiência intelectual através de doenças como crescimento anormal, convulsões e distúrbios alimentares. Em níveis mais graves, o desenvolvimento motor do bebê é lento ou não corresponde à expectativa para a idade. Assim, isso pode atrapalhar ou impedir as ações típicas do primeiro ano de vida como rolar, sentar-se ou ficar em pé.
Em geral, a deficiência intelectual é mais perceptível na idade pré-escolar ou quando as crianças ingressam nas salas de aula. Com isso, é possível identificar sinais como:
A deficiência intelectual aumenta a propensão ao desenvolvimento de problemas comportamentais. Indisciplina, agressividade, raiva, atitudes explosivas e impulsividade podem acontecer devido à baixa capacidade cognitiva de autocontrole. Também é comum que crianças com deficiência intelectual tenham outros distúrbios, como ansiedade e depressão. Estudos explicam que a consciência de seu baixo nível cognitivo, maus tratos e abusos são os principais fatores para a ocorrência desse diagnóstico duplo.
O tratamento da deficiência intelectual varia muito de acordo com a função cognitiva do paciente e suas necessidades. Mas, geralmente, os cuidados envolvem uma equipe multidisciplinar, com acompanhamento médico e o trabalho de psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Esse time é primordial para estimular o desenvolvimento cognitivo dos pequenos, promover qualidade de vida e reduzir as disfunções da criança.
Em alguns casos, é necessário ainda o apoio de neurologistas ou pediatras especializados no assunto, ortopedistas e outras especialidades médicas. Pacientes com deficiência intelectual podem precisar também de fisioterapia ou alternativas que melhorem a coordenação motora. Os nutricionistas também podem auxiliar em transtornos alimentares ou desnutrição.
Além de todo esse trabalho profissional, a criança com deficiência intelectual requer ainda o suporte da família. Por isso, pode ser recomendado o apoio de uma assistente social para aprender a lidar com as necessidades desse paciente. Além disso, a escola também tem um papel fundamental. A inclusão desses meninos e meninas em escolas comuns é indicada sempre que possível. O convívio com crianças diferentes estimula e contribui positivamente no futuro delas.
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