A lamotrigina é um remédio anticonvulsivante que serve para tratar epilepsia e transtorno bipolar.
O nome de referência da lamotrigina é Lamictal® (da empresa GlaxoSmithKline) que é encontrado nas doses de 5 mg, 25 mg, 50 mg, 100 mg e 200 mg.
No entanto, outros nomes comerciais da substância que podem ser encontrados são:
A lamotrigina serve para prevenir episódios de convulsão e evitar episódios de depressão em casos de transtorno afetivo bipolar (a partir de 18 anos).
Em casos de epilepsia, segunda a bula da lamotrigina, ela pode ser usada da seguinte forma:
Embora ainda não se saiba com clareza o mecanismo de ação da lamotrigina, estudos apontam que ela age no potencial elétrico das células.
Ou seja, ao alterar a carga elétrica da membrana das células, especialmente dos neurônios, a lamotrigina inibe a liberação de certos neurotransmissores, causando seu efeito terapêutico.
Em especial, a lamotrigina age inibindo a liberação do neurotransmissor glutamato, que tem potencial para gerar convulsões.
Esse efeito neural da lamotrigina acalma e evita não só crises convulsivas, mas também interfere na estabilidade do humor.
Embora a lamotrigina seja uma substância da classe dos anticonvulsivantes, seus efeitos vão além do tratamento das convulsões.
Confira para que serve a lamotrigina:
A lamotrigina se mostrou eficaz para diminuir as chances de recorrências de episódios depressivos em pacientes com transtorno bipolar.
Segundo a bula da lamotrigina, não há evidências significativas que indicam prevenção de episódios de mania (euforia).
Por isso, é importante associar, em alguns casos, essa substância com outros estabilizadores do humor (como o carbonato de lítio) a fim de evitar a “virada maníaca”.
Para maior eficácia na estabilização do paciente com essa condição, é importante realizar regularmente sessões de terapia.
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A lamotrigina é indicada como adjuvante no tratamento da epilepsia, para o tratamento de crises convulsivas parciais e crises generalizadas, incluindo crises tônico-clônicas
(em que a pessoa se debate durante a convulsão).
Não se recomenda tratamento inicial em esquema de monoterapia em crianças de 2 a 12 anos de idade com diagnóstico recente.
Após o controle epiléptico ter sido alcançado, durante terapia combinada, drogas antiepilépticas (DAEs) concomitantes geralmente podem ser retiradas, substituindo-as pela monoterapia com a lamotrigina.
Obs: embora haja um ou outro relato de pessoas que tomam lamotrigina para tratar ansiedade generalizada, essa indicação não consta na bula. O que pode acontecer, na verdade, é um efeito de engorda ou emagrecimento secundários por melhora do humor, por exemplo, nos casos de transtorno bipolar.
As contraindicações da lamotrigina são para:
São contraindicações relativas (avaliar relação do risco com o benefício) da lamotrigina os seguintes casos:
Os efeitos esperados da lamotrigina dependem da condição que está sendo tratada.
Por exemplo, os efeitos esperados para o tratamento da epilepsia envolvem redução do
Para diminuir o risco de efeitos colaterais, a lamotrigina costuma ser introduzida pouco a pouco.
Segundo a bula de uma dos nomes comerciais mais conhecidos da lamotrigina (Lamictal®), a absorção completa da substância ocorre em até 2 horas e meia e pode demorar mais se a medicação for consumida após as refeições.
No entanto, os efeitos esperados podem demorar até 6 semanas para aparecerem, uma vez que a dose terapêutica demora nessa faixa de tempo para ser introduzida.
Embora alguns depoimentos de pessoas que fazem uso de lamotrigina digam que ela emagrece, não há nada na bula que aponte para esse efeito esperado da medicação.
Os efeitos colaterais da lamotrigina são classificados de acordo com a frequência de apresentação.
Assim, o paciente em uso da substância pode ter:
O tempo de duração da lamotrigina no organismo (chamado de meia-vida) é significativamente afetado por medicação concomitante.
Por exemplo, a meia-vida média é reduzida para aproximadamente 14 horas quando a lamotrigina é administrada com drogas indutoras de glicuronidação, como carbamazepina e fenitoína, e é aumentada para uma média de aproximadamente 70 horas quando administrada com valproato.
Para esclarecer as interações da lamotrigina com outras medicações, trouxemos essa tabela que consta na bula da substância:
Drogas que aumentam a concentração dalamotrigina | Drogas que reduzem a concentração dalamotrigina | Drogas que têm pouco ou nenhum efeito na concentração dalamotrigina |
valproato | carbamazepina fenitoína primidona fenobarbital rifampicina lopinavir/ritonavir atazanavir/ritonavir Associação de etinilestradiol/levonorgestrel |
lítio bupropiona olanzapina oxcarbazepina felbamato gabapentina levetiracetam pregabalina topiramato zonisamida aripiprazol lacosamida perampanel paracetamol |
Algumas medicações (como as citadas na tabela acima) podem cortar o efeito da lamotrigina.
É importante relatar ao médico todas as medicações que se faz uso, a fim de localizar possíveis interações e realizar eventuais ajustes na dosagem.
Diferente do que ocorre com algumas medicações, a bula da lamotrigina não mostra que tomar a medicação no jejum interfere na absorção dela.
Ou seja, é possível tomar a lamotrigina mesmo no jejum sem prejuízos dos efeitos terapêuticos.
No entanto, associar a droga após refeições pode diminuir efeitos colaterais como náuseas e vômitos.
Lamotrigina não causa dependência química, mas pode gerar sintomas de dependência psíquica que são sintomas causados pela falta do hábito da tomada da medicação.
As únicas medicações psicotrópicas que causam dependência química são as das seguintes classes:
É importante que algumas medidas sejam tomadas durante o uso da lamotrigina, entre elas:
Além desses cuidados, é importante estar atento aos sintomas de meningite asséptica (efeito colateral raro, mas perigoso da lamotrigina).
Sintomas de meningite podem incluir:
O tratamento deve ser somente interrompido com a indicação médica.
No caso do uso para epilepsia, a menos que seja necessária a interrupção abrupta (em casos de exantema, por exemplo), a dose de lamotrigina deve sofrer redução gradual ao longo de duas semanas para evitar sintomas de retirada.
Por outro lado, no tratamento do transtorno bipolar em adultos, os pacientes podem, após recomendação médica, interromper o tratamento com lamotrigina sem redução prévia da dose.
Para epilepsia e evitar recorrência de episódios depressivos em pacientes com transtorno bipolar.
A própria substância ativa é a lamotrigina, cujos nomes comerciais são: Lamictal®, Lamitor® e Neural®.
Ainda não se conhece totalmente, mas sabe-se que a lamotrigina altera o potencial elétrico da membrana dos neurônios, diminuindo a liberação de neurotransmissores (em especial do glutamato).
A sonolência é um efeito colateral que ocorre, segundo a bula, entre 1% e 10% das pacientes que fazem uso da lamotrigina.
Diretamente a lamotrigina não engorda nem emagrece, mas esses sintomas podem ser observados pela melhora da condição tratada.
O valor da lamotrigina depende da dose utilizada e qual nome comercial é prescrito pelo médico.
A lamotrigina é uma medicação anticonvulsivante que serve para tratar epilepsia tanto em crianças de 2 a 12 anos como também em adolescentes e adultos.
Além disso, a lamotrigina evita o surgimento de depressão em pacientes com transtorno bipolar.
Embora algumas pessoas pensem, lamotrigina não emagrece nem engorda diretamente.
Por ter possíveis interações medicamentosas, é importante relatar ao médico responsável todas as substâncias que se faz uso (inclusive fitoterápicos) antes de iniciar o tratamento com a lamotrigina.
Para melhores resultados no tratamento com lamotrigina e com outras medicações psicotrópicas, o recomendado é também realizar sessões de terapia.
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1)https://www.medicinanet.com.br/conteudos/medicamentos/625/lamotrigina.htm
2)https://br.gsk.com/media/6286/l1408_lamictal_com_disp_gds48_ipi25.pdf
3)https://cdn.eurofarma.com.br//wp-content/uploads/2016/09/lamotrigina-bula-paciente-eurofarma.pdf