A dextroanfetamina (mesma coisa que dexanfetamina) é um remédio estimulante do Sistema Nervoso Central (SNC) que é comercializado somente fora do Brasil.
Um dos nomes comerciais da dextroanfetamina encontrado no exterior é Dexedrine® que pode ser encontrado em comprimidos de várias doses, entre elas de 5 mg.
A liberação do uso do Dexedrine® para tratar TDAH ocorreu em 2001 pelo Food and Drug Administration.
Para saber mais sobre esse estimulante, continue com a gente até o final!
Tenha uma excelente leitura!
Assim como os demais fármacos estimulantes do Sistema Nervoso Central, a dextroanfetamina serve para tratar condições com sintomas como:
Por isso, as indicações da dextroanfetamina envolvem principalmente o TDAH e a narcolepsia.
É importante lembrar que hoje o Cloridrato de Metilfenidato (Ritalina®) e o Dimesilato de Lisdexafetamina (Venvanse®) são as únicas anfetaminas comercializadas aqui no Brasil.
A dextroanfetamina é um dos mais potentes dos simpaticomiméticos (substâncias que estimulam o sistema nervoso simpático).
Isso ocorre por sua ação não só aumentando dopaminérgico quanto no sistema noradrenérgico. Este, envolve hormônios como:
Assim, a dextroanfetamina, diferente do metilfenidato, por exemplo, não atua somente aumentando a quantidade de dopamina.
O TDAH afeta cerca de 3% das crianças no mundo.
Geralmente é diagnosticado no colégio pelos professores, que percebem maior dispersão e dificuldade da criança para realizar as tarefas e interagir com os colegas.
No entanto, não é incomum que o problema só seja diagnosticado na idade adulta, quando os prejuízos são maiores, uma vez que interfere na capacidade de trabalho e de gerenciamento das tarefas domésticas.
Além da desatenção, outros sinais e sintomas comuns do TDAH são:
É mais comum que alguém com TDAH, comparado com quem não têm o problema, tenha outros transtornos de aprendizagem como:
Trata-se de um Transtorno do Sono em que o ritmo do ciclo circadiano está desregulado.
Ou seja, a narcolepsia se refere a condição na qual a pessoa “troca o dia pela noite”.
Isso faz com que a pessoa possa adormecer de forma profunda durante o dia em situações nas quais deve se manter ativa.
A dextroanfetamina auxilia na manutenção da vigília e da atenção nas tarefas diurnas.
Além dos efeitos dopaminérgicos exercidos pela dextroanfetamina, há também uma ação na serotonina.
Isso quer dizer que tal estimulante tem algumas propriedades calmantes.
Nesse contexto, pode-se utilizar a dextroanfetamina para ajudar a tratar:
A dextroanfetamina é absorvida rapidamente por via oral, e alcança seu pico plasmático entre 1 a 3 horas após a administração.
Ou seja, os efeitos de estimulação do sistema nervoso central surgem após poucas horas do uso.
Possui uma meia-vida de aproximadamente 8 a 12 horas, significando que nesse período sua concentração no sangue cai pela metade.
Assim, para se ter os efeitos esperados ao longo do dia todo, pode-se fazer necessária a sua administração em duas a três tomadas por dia.
Muitas pessoas que fazem uso da dextroanfetamina perdem peso.
Isso ocorre porque o aumento da noradrenalina no corpo faz com que o apetite seja reduzido.
Assim, a pessoa não sente a necessidade de se alimentar.
Por um lado, isso pode parecer bom, principalmente àqueles que querem emagrecer.
Contudo, se não houver o acompanhamento de um nutricionista, essa perda de peso pode refletir déficits nutricionais importantes.
Em crianças, comer pouco significa ter problemas no desenvolvimento, o que é uma séria repercussão.
A depender do horário em que se toma a dextroanfetamina, ele pode causar insônia.
Afinal, ele também é indicado para melhorar a disposição durante o dia em casos de narcolepsia.
Por isso é crucial fazer o acompanhamento médico a fim que a prescrição seja individualizada e feita de acordo com a rotina de cada pessoa.
Alguns dos outros efeitos secundários mais comuns do medicamento incluem:
Fazer uso dos inibidores da monoaminoxidase juntamente com a dextroanfetamina aumenta o risco de excesso de neurotransmissores estimulantes.
Isso pode levar a perigosos aumentos na pressão sanguínea e danos cardiovasculares.
Esses efeitos podem ocorrer mesmo se tiver parado de tomá-los dentro das últimas duas semanas.
Entre os exemplos de IMAOS estão:
O uso em associação de dextroanfetamina e fármacos que aumentam a quantidade de serotonina na fenda sináptica é desaconselhado.
Isso porque pode haver um perigoso acúmulo do neurotransmissor, causando um quadro chamado de síndrome serotoninérgica cujos sintomas são, por exemplo:
Embora na bula da dextroanfetamina não haja indicações claras de fármacos que reduzem seus efeitos de ação, é importante dizer que o próprio uso do estimulante corta o seu efeito.
Isso ocorre por um efeito chamado tolerância, no qual o corpo reage à utilização da substância, precisando tomar doses cada vez maiores para obtenção do mesmo efeito.
Usar doses maiores que as recomendadas pode cortar, a médio-longo prazo, os efeitos da dextroanfetamina.
Por isso, é essencial fazer o uso controlado da medicação, de acordo com a prescrição médica.
Sim! A dextroanfetamina, assim como todos os psicofármacos da classe das anfetaminas pode causar dependência química.
Isso fica evidente na caixa da dextroanfetamina que contém uma tarja preta, a qual representa o potencial de dependência do fármaco.
Por isso, a dextroanfetamina não pode ser prescrita em receita médica comum, mas sim na receita amarela, reservada para os remédios estimulantes.
A fim de evitar o fenômeno da tolerância (necessitar cada vez de doses maiores para os mesmos efeitos), é imprescindível seguir as doses prescritas pelo médico, não as aumentando por conta própria.
Dentre os possíveis sintomas de abstinência do dextroanfetamina estão:
Somente interrompa o tratamento com a decisão médica.
Pode ser necessário, após um período de uso da dextroanfetamina, ter um tempo de “férias medicamentosas”, a fim que o corpo possa ter os efeitos terapêuticos desejados.
O acompanhamento psicológico é muito importante, uma vez que através dele poderá ser avaliado de forma atenta eventuais oscilações na eficácia do remédio.
Em casos de efeitos adversos graves, será necessário fazer a descontinuação.
Se utilizado de maneira desregrada e sem orientação profissional, há grandes chances da dextroanfetamina gerar uma dependência química em quem o usa.
Tome a dose em falta logo que se lembrar. No entanto, se estiver quase na hora da próxima dose, salte a dose e continue sua programação de dose regular. Não tome uma dose dupla para compensar uma perdida.
A perda de peso é um efeito colateral possível do Dextroanfetamina. Isso se dá pois o fármaco reduz o apetite. É importante monitorar as refeições especialmente das crianças a fim que elas não apresentem problemas de desenvolvimento por má alimentação.
A dextroanfetamina é um dos estimulantes do Sistema Nervoso Central mais potentes que há no mercado.
Embora não seja vendido no mercado brasileiro, algumas pessoas conseguem importar a dextroanfetamina com prescrição médica.
De qualquer forma, seu uso isolado não contempla todas as partes do tratamento, seja para TDAH, seja para narcolepsia.
É essencial, portanto, associar com o tratamento medicamentoso a realização de sessões regulares de terapia.
O Zenklub oferece serviços de terapia de forma prática e simplificada.
Na nossa plataforma você encontra mais de 4000 profissionais, entre eles psicólogos, terapeutas, psicanalistas e coaches prontos para te ajudar.
Veja quem são os profissionais Zenklub e marque já um horário!
1) https://www.indice.eu/pt/medicamentos/DCI/dexanfetamina-dextroanfetamina/informacao-geral
2)https://www.webmd.com/drugs/2/drug-11574/dexedrine-oral/details
3)https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/uso-de-anfetaminas-universitarios