Por que comunicar com filhos tem sido tão difícil nos dias atuais? Você já se sentiu perdida ou perdido? Talvez esgotada(o) e sem saber qual atitude tomar em relação à educação de seus filhos? Ou por outro lado, está com a sensação de que todo esforço que você faz para educá-los não surte efeito? Por que todas as vezes que você procura ensiná-los gera discussão e conflitos em casa?
A quantidade de incertezas e dúvidas em relação aos nossos filhos é enorme. Certa ocasião, recebi em meu consultório uma família cuja queixa principal era o comportamento de seu filho adolescente na escola. Estava rebelde, agressivo e sem seguir regras. Era aparente o cansaço e a apatia da família. A irritabilidade, a culpa e por consequência a agressividade eram latentes, embora fosse nítido o amor e o vínculo emocional entre membros da família.
O relacionamento matrimonial e a educação dos filhos têm sofrido mudanças na sua forma estrutural ao longo dos anos, devido aos avanços tecnológicos, a busca por mais recursos financeiros e o aumento na quantidade das atividades escolares e sociais. Com isso, o hábito das refeições, das brincadeiras lúdicas, e das conversas em família que facilitavam o conhecer, o vincular e o comunicar vêm diminuindo.
Peter Drucker comenta que “o mais importante na comunicação é ouvir o que não esta sendo dito”. Mas como ouviremos o não dito se não conseguimos mais ter tempo juntos para ouvir o que já é dito?
Segundo o neurobiólogo Humberto Maturana, é no conversar que construímos a nossa realidade com o outro. O conversar é um modo particular de viver juntos, coordenar o fazer e o se emocionar. Por isso o conversar é um construtor de realidades. Ao operar a linguagem, mudamos nossa fisiologia. Por isso podemos nos acariciar com palavras. E neste espaço relacional, um pode viver em harmonia com os outros.
Esta não era a realidade no caso da família que recebi no consultório, as conversas, o entendimento haviam mudado para conflitos, cobranças, gritos e culpas. Os pais exaustos e o filho perdido e agressivo.
Se você tem encontrado dificuldades no relacionamento e na comunicação com seus filhos, veja algumas dicas abaixo:
Os pensamentos influenciam nossas emoções e comportamentos, e quando estes pensamentos não são validados ou checados pioram a maneira de se portar. Se em sua família não existe o hábito da conversa, tudo o que se pensa não é esclarecido. As coisas acontecem, as idéias se formam, os pensamentos tomam forma e geram comportamentos inadequados, pois nada fica claro. Tudo fica no achismo e a importância da conversa é exatamente esta. Ou se vive um bem-estar estético de uma convivência harmoniosa, ou um sofrimento da exigência negadora.
Sem conversa e sem diálogo, os pensamentos “voam” sozinhos, gerando imagens e expectativas por vezes fantasiosas. Quando se resolve falar, gera-se conflito. Estes pensamentos estão repletos de emoções reprimidas, desconfiança, tristeza, raiva. A falta de conversa e diálogo aumenta os conflitos, embora conflitos sejam inerentes à vida humana. (Leia nosso artigo sobre o principal problema de casais e vai entender o papel crucial de uma boa comunicação)
Quando entendemos que a conversa é uma ferramenta para resolver os conflitos e dificuldades no relacionamento, olhamos as diferenças de opinião de maneira mais construtiva e não mais apenas como desobediência, perda de autoridade ou rebeldia.
Reorganizar as relações entre pais e filhos sobre esta base de diálogo constitui um dos eventos mais marcantes emocionalmente na vida de pais e filhos que possuem dificuldades na comunicação.
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