Esse texto é para você que ainda tem dúvidas sobre depressão, como quais os sintomas, como identificar e os tipos de tratamento. Conversamos com nosso especialista Diego Matos que nos contou um pouco mais sobre esse problema que atinge tantas pessoas.
Clinicamente, na Análise do Comportamento a depressão não é entendida como algo isolado ou inerente ao sujeito. Nós, especialistas, entendemos a depressão como um conjunto de comportamentos, que pressupõe uma relação entre o indivíduo e tudo que o cerca, que ocorrem diante de uma determinada situação.
Popularmente os sintomas são relatados como tristeza profunda, falta de vontade para fazer qualquer coisa ou ao contrário, vontade de não fazer nada e/ou ficar isolado de tudo e todos.
Sentir solidão às vezes, ou mesmo tristeza são sentimentos que fazem parte de nossa vida. Perder relacionamentos ou situações das quais gostamos ou precisamos, ou ter momentos de choro, também, mas o grande problema desses sentimentos é quando eles começam a atrapalhar o nosso dia a dia, quando começam a refletir no trabalho, nas amizades, no casamento e em outras atividades. Independente de qual seja a gravidade dos sintomas sabemos que se está dificultando a sua rotina, essa é a hora de buscar a ajuda de um profissional, de um psicólogo.
Associado aos sintomas acima, como já foi citado está a situação e a recorrência em que eles ocorrem. O comportamento-queixa, como por exemplo, de tristeza profunda, é sentido com que frequência? Todos os dias? Em horários diferentes? Qual a duração? Acontece indiscriminadamente e em qualquer lugar?
A ideia aqui é tentar avançar para entender a situação, por isso, buscamos entender o que antecede os sintomas e o que sucede junto os mesmos. Por exemplo, o choro acontece antes de algo em específico? Geralmente quando ocorre o que acontece? O que você faz? O que acontece com você e/ou o lugar onde a você está?
Geralmente em um quadro depressivo também percebemos algum histórico de baixa-estima ou algum acontecimento significativo do presente que pode pela primeira vez abalar a estima ou o seu repertório comportamental, que é o conjunto de comportamentos que você tem e aprendeu para lidar com as situações ou as regras que você mesmo criou para si. Gostar disso, gostar daquilo, ser assim em uma determinada situação ou ser de outro jeito em outra, responder a uma determinada pergunta de uma maneira ou de outra em dada situação.
A psicologia a cada dia tem se desenvolvido e demonstrado que pode auxiliar as pessoas que estão passando pelas situações descritas como depressão e sintomas adjacentes, a partir dessa análise comportamental. Com essas conversas e descrições dos sentimentos e incômodos, podemos juntos elaborar as estratégias mais adequadas para melhorar a autoestima e auxiliar no comportamento diante de situações difíceis, como por exemplo, as situações de choro.
O mais importante é, ao perceber que os sintomas estão atrapalhando sua vida, seu desempenho profissional, acadêmico, pessoal e outros, você deve sim procurar ajuda profissional. A sua experiência com a psicologia, além de auxiliar na resolução do seu problema também poderá contribuir para um autoconhecimento e melhora da autoestima. Quando nos conhecemos melhor vamos adquirindo cada vez mais a capacidade de enfrentar as dificuldades, a partir dos nossos valores, capacidades e aprendizados anteriores. Em questão de tempo, a terapia vai lhe ajudar a entender todas essas questões e você mesmo encontrará as respostas, conforme o processo de autoconhecimento for se desenvolvendo.
O diagnóstico nem sempre é simples, mas podemos ajudar. Faça nosso teste de depressão e entenda os níveis de depressão. O questionário leva menos de 3 minutos para fazer e é uma adaptação do teste PHQ – Patient Health Questionnaire.