Hoje a gente tem uma história bem bacana para vocês – de crescimento profissional e pessoal! Batemos um papo com o William Avila, publicitário que veio de uma pequena cidade do Sul e chegou à capital de São Paulo, onde passou por um intenso processo de amadurecimento e hoje é diretor de um dos maiores grupos de Comunicação do País.

Will, me conta um pouco de como você conheceu e se apaixonou pela área de Comunicação.

Eu sou de Esteio, Rio Grande do Sul. Logo depois de me formar no Ensino Médio, eu fiz um curso técnico em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda. Era uma área que já me interessava muito por apresentar diferentes possibilidades de atuação, oportunidades de usar a criatividade e também por lidar bastante com pessoas. Durante o curso, tive certeza que era essa área que eu queria seguir na minha vida.

É difícil ter certeza do que se quer assim tão novo.. e depois que acabou o curso, já conseguiu um emprego na área? Confirmou que era disso que gostava?

Eu sempre tive a sorte – e a obstinação – de trabalhar com o que gosto e acredito. Minha carreira não começou na área de Publicidade, mas foi realizando um dos meus sonhos de infância, que era atuar em uma empresa de Call Center. Logo depois comecei a trabalhar realmente na área de Comunicação – primeiro, em agências menores, onde eu fazia um pouco de tudo, até ficar focado na área em que atuo hoje.

Também tive o prazer de trabalhar na maior agência digital independente do Brasil, em um momento quando plataformas como o Facebook ou Instagram ainda não existiam ou não tinham o tamanho que têm hoje. Lá, passei por um grande crescimento profissional e adquiri uma experiência de 5 anos na área digital, atendendo uma marca de moda de varejo.

Você já estava indo bem na sua carreira em Porto Alegre. Porque decidiu vir para São Paulo?

Eu vim para São Paulo por uma oportunidade que apareceu no lugar onde eu trabalhava no RS, já que o cliente que eu atendia tinha acabado de sair da agência. Já havia recebido algumas propostas, mas não sentia que era o momento certo. Em 2016, outra  oportunidade de crescimento profissional surgiu e o famoso “empurrão de mãe” foi essencial para a minha vinda para cá.

Todos os meus amigos sentiram e eu também senti muito. Mas, felizmente, hoje temos muitos recursos que nos permitem estar perto, mesmo que não fisicamente – tem dias, por exemplo, que falo mais com a minha mãe do que quando morávamos juntos. É um processo gigante de amadurecimento: no começo dá medo, mas com o tempo tudo se ajeita.

Então, era a sua primeira vez morando sozinho e em uma cidade grande e assustadora como São Paulo. Como foi enfrentar tantas mudanças de uma vez?

Eu já conhecia algumas pessoas em São Paulo e a cidade também. Como a decisão de vir para cá foi muito rápida, fiquei hospedado na casa de duas amigas por três semanas, até que eu conseguisse encontrar um apartamento só para mim. Acho que o que eu mais demorei para me acostumar no dia-a-dia foi o trânsito. No geral, vir sozinho me fez entender o peso das minhas responsabilidades, afinal, sou eu por mim mesmo. Também amadureci muito e aprendi a refletir sobre a minha vida, sobre as decisões que eu tomo.

Tem alguma atividade que te ajudou nesse processo de adaptação e amadurecimento?

Eu gosto muito de estar com meus amigos, ir no cinema, assistir alguma besteira na televisão, conversar, ser parte de uma religão. Uma coisa que também sempre me fez bem foi a terapia, que faço há três anos. Quando eu ainda morava em Porto Alegre, eu fazia sessões presenciais. Desde que cheguei em São Paulo, faço online, pelo  Zenklub.

Para mim, é aquela hora da semana em que eu esqueço de tudo, me desconecto de tudo e foco em mim mesmo, em me escutar. É muito maluco porque, quando eu comecei, achei  que alguém fosse me dar todas as respostas. Com o tempo, você entende que você mesmo já sabe as respostas –  e que só precisa parar e ouvir a si mesmo para encontrá-las.

Muito bom ter um tempo para si e descobrir o que queremos realmente, né? Voltando a essa nova oportunidade de crescimento profissional.. o que ela te trouxe de bom desde então?

Eu fiquei apenas 8 meses nessa empresa que me transferiu pra cá. No final de 2016, outra oportunidade surgiu – por indicação de uma outra chefe que já tive. Ela me fez pensar sobre o momento de carreira em que eu estava e que eu poderia aprender mais, ensinar mais e, claro, ganhar mais – porque isso também é importante. Então, em outubro, fui para o Grupo Ideal – onde continuo até hoje.

Foi lá que, com apenas 28 anos, você deu um passo enorme na sua carreira e se tornou Diretor de uma grande agência de Comunicação, certo? Você imaginava essa conquista quando era mais novo?

Nos meus planos, isso era para acontecer por volta dos 32, 34 anos. Eu realmente não esperava receber uma proposta dessas tão novo e nem em tão pouco tempo de empresa. Mas aconteceu. Eu sempre  penso “se eu não fizer, alguém vai fazer por mim”. Então, mais uma vez, eu arrisquei rumo ao meu crescimento profissional.

Eu lembro que, no meu primeiro estágio, me perguntaram sobre o  próximo passo que eu gostaria de dar. Foi nessa época que eu aprendi a agir, a me cobrar e ser cobrado sobre os próximo passos. Acho que isso pode ser ter sido um diferencial pelos lugares onde já passei.

Não é um trabalho fácil, esse de gerir contas, processos e principalmente pessoas – que, no meu caso, algumas vezes têm mais idade do que eu. Mas, certamente, é recompensador ouvir, aprender, ajudar, ser desafiado, resolver problemas. Eu amo o que faço e as pessoas com quem trabalho: acho que esse é o principal combustível para fazer tudo acontecer.

Como diretor, você deve lidar com muitas responsabilidades e cobranças todos os dias, né? Como você administra tudo isso?

Eu acho que saber separar a vida pessoal dos problemas do trabalho, sempre se colocar no lugar do outro e tentar ter um bom ambiente de trabalho têm sido os caminhos que me fazem mais sentido. Mas não tem uma regra universal, tem dias turbulentos e que parecem não ter fim. O mais importante é lembrar que tudo passa e qualquer problema tem solução.