O comitê de saúde emocional é um grupo responsável pelo planejamento, implementação e acompanhamento das ações voltadas ao bem-estar e à saúde mental dos colaboradores de uma empresa.
No contexto pós-pandemia, esse comitê ganhou ainda mais importância na prevenção do adoecimento emocional, devido ao aumento dos casos de estresse e ansiedade no trabalho. Leia o nosso artigo!
Índice
A criação de um comitê de saúde emocional nas organizações é uma iniciativa que ganhou relevância diante do cenário alarmante de crescimento dos transtornos mentais relacionados ao trabalho.
Segundo dados das Nações Unidas, no Brasil, os afastamentos por transtornos mentais subiram de 201 mil em 2022 para 472 mil em 2024.
Outro levantamento, realizado pelo Observatório de Segurança do Trabalho, aponta que os transtornos mentais são o terceiro maior motivo de afastamento do trabalho no país.
Esse quadro foi intensificado pela pandemia, em razão da adoção do trabalho remoto e dos modelos híbridos, que aumentaram a sensação de isolamento, a dificuldade de conexão e a sobrecarga emocional diante da gravidade da crise sanitária.
Nesse contexto, o comitê de saúde emocional atua estrategicamente na prevenção e no monitoramento da saúde mental dos colaboradores para preservar o capital humano e fortalecer o clima organizacional.
A criação de um comitê de saúde emocional pode agregar uma série de benefícios que vão além do bem-estar dos profissionais, refletindo diretamente nos resultados da empresa.
Confira:
Para garantir a efetividade do comitê de saúde emocional, o ideal é manter a diversidade de perfis, garantindo a representatividade, legitimidade e engajamento de toda a empresa.
Sendo assim, esse grupo deve ser composto por profissionais de diferentes formações, setores e experiências, possibilitando que as ações adotadas reflitam as diferentes realidades da organização.
O comitê de bem-estar nas empresas deve ter os seguintes membros:
Para garantir a representatividade, o ideal é que o comitê de saúde emocional tenha entre
5 e 10 pessoas, e que os membros possuam influência e autoridade dentro da empresa, conferindo credibilidade e facilitando a participação nas ações.
Para a efetividade do comitê de saúde emocional, os seus membros devem possuir algumas competências essenciais, que são as seguintes:
Conhecimento básico em saúde mental: para facilitar a identificação de sinais de riscos psicossociais e o diálogo com especialistas.
Empatia e escuta ativa: essas competências tornam os espaços laborais mais seguros, promovendo diálogos com linguagem mais acolhedora.
Habilidades de comunicação, influência e articulação: competências que ajudam a propagar ideias e incentivar os colaboradores de diversas áreas da empresa.
Pensamento estratégico: contribui com a criação de ações alinhadas às necessidades da empresa e dos colaboradores, priorizando iniciativas com maior impacto.
Conhecimento da cultura da empresa: ajuda a adaptar ideias e projetos ao contexto atual da empresa.
Além dessas competências essenciais, a adoção de uma rotina de treinamentos para membros do comitê, assegurando a atualização em novas metodologias, tendências em saúde mental e práticas que promovam o equilíbrio emocional no trabalho.
Criar um comitê de saúde emocional na sua empresa requer uma série de cuidados e um planejamento estruturado para que ele gere resultados consistentes e eficazes.
A seguir, listamos um passo a passo prático para a implementação do comitê de bem-estar corporativo:
Para que as ações do comitê de saúde emocional gerem resultados e tenham impacto duradouro na rotina organizacional, é necessário definir objetivos e escopo de atuação.
Um dos modelos mais eficientes é a metodologia SMART que, traduzida significa Específico, Mensurável, Atingível e Relevante, orientando os membros do comitê com foco e clareza na definição de metas e no monitoramento de resultados.
A partir disso, faça um diagnóstico, seja por meio de questionários de saúde emocional, pesquisas de clima ou da avaliação de dados internos, como turnover, absenteísmo e afastamentos.
Com essas informações em mãos, o comitê de saúde emocional consegue priorizar aquelas estratégias que estão alinhadas às necessidades mais imediatas.
Lembrando que todas as ações devem ser aplicadas em consonância com a estratégia geral da empresa, garantindo que o programa de saúde emocional fortaleça a cultura organizacional e a sustentabilidade do negócio.
Para colocar um plano de ação em prática, é preciso definir um cronograma, quem serão os profissionais responsáveis, as métricas que devem ser acompanhadas e como os resultados serão mensurados.
Sendo assim, divida as ações da seguinte forma:
O plano de ação do comitê de saúde emocional deve abranger ações de prevenção para identificar e mitigar os riscos; de promoção, com atividades que reforcem as posturas saudáveis; e de suporte, com assistência aos profissionais com demandas emocionais.
Para que o comitê de saúde emocional gere uma mudança real na sua empresa, é importante que ele seja baseado em ações práticas, eficientes e consistentes.
Confira a seguir 8 exemplos que podem direcionar os trabalhos do comitê.
A eficácia das ações do comitê de saúde emocional precisa ser monitorada a partir de indicadores claros, que auxiliam na compreensão de diferentes aspectos
Entre as métricas mais importantes estão as seguintes:
Acompanhar esses dados regularmente possibilita ajustar as estratégias e reforçar o valor do comitê de saúde emocional para a empresa.
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