Diazepam é o princípio ativo do remédio Valium, nome comercial criado pelo laboratório Roche. É um medicamento bastante conhecido por seu efeito calmante e muito prescrito, principalmente na década de 1970. E mesmo com mais opções de mercado, até hoje o remédio é bastante recomendado, mas por que será? 

Explicamos a seguir o que é o diazepam, para que serve e quais são os efeitos colaterais. Ao mesmo tempo, respondemos dúvidas frequentes como por exemplo: é um calmante potente? Pode ser usado contra ansiedade? Quanto tempo dura o efeito no corpo?

E a informação mais importante a gente já adianta: diazepam só pode ser usado com prescrição e acompanhamento médico.

Introdução

O diazepam é um princípio ativo da família das benzodiazepinas, criado em 1954 pelo laboratório Roche. Mas foi só em 1963, após alguns anos de pesquisa e estudo, que o fármaco chegou ao mercado, com o nome de Valium.

Na época, tratava-se de uma medicação mais potente que as demais disponíveis. Ou seja, permitia que a terapia fosse feita com uma dose menor e com grande eficácia. Não é à toa que o diazepam figurou entre os remédios mais prescritos até meados da década de 1980, dominando o mercado estadunidense.

Para que serve o diazepam

Em primeiro lugar, o diazepam funciona como um calmante. Sua ação potencializa o efeito do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico no receptor GABA, responsável por enviar sinais por todo o sistema nervoso.

Isso dá ao remédio propriedades sedativas, hipnóticas, ansiolíticas e anticonvulsivantes. Então, na prática, para que serve o diazepam (oral) significa que ele é receitado para o tratamento de:

  • Ansiedade
  • Agitação associada a desordens psiquiátricas (como coadjuvante)
  • Espasmos musculares
  • Espasticidade

Quais são as contraindicações?

De acordo com a bula, o diazepam é contraindicado ao paciente que apresente os seguintes casos:

  • Alergia (hipersensibilidade) ao diazepam ou a qualquer outro componente da fórmula do produto
  • Glaucoma de ângulo agudo
  • Alergia (hipersensibilidade) a benzodiazepínicos
  • Insuficiência respiratória grave
  • Síndrome de apneia do sono ou miastenia
  • Insuficiência hepática grave
  • Distúrbios psicóticos (como tratamento primário)
  • Depressão ou ansiedade associada com depressão (monoterapia)

Precauções

Além de compreender para que serve o medicamento, é importante comunicar ao seu médico a presença de outras doenças ou tratamentos em andamento. Em outras palavras, se você tem alguma das condições a seguir, o diazepam deve ser prescrito com cuidado:

  • Histórico de alcoolismo ou dependência de drogas
  • Uso de medicamentos depressores do sistema nervoso central
  • Em caso de insuficiência hepática
  • Amnésia
  • Pacientes que demonstram ter tolerância ao medicamento
  • Histórico de intolerância à galactose
  • Crianças
  • Pessoas idosas ou debilitadas
  • Pacientes com histórico de insuficiência respiratória
  • Em caso de gravidez e durante o período de amamentação

Interações medicamentosas

Eventualmente, o uso de diazepam com algumas substâncias pode provocar interação medicamentosa. Em outras palavras, essa fusão pode influenciar tanto no tratamento com diazepam como no efeito do outro fármaco associado. Por isso, dentre as possíveis reações, estão graves danos à saúde. Portanto, sempre informe o seu médico sobre os remédios que está tomando. Então, veja a seguir alguns medicamentos que merecem atenção durante o tratamento com diazepam.

  • Suco de toranja
  • Antifúngicos
  • Medicamentos para o tratamento de doenças cardíacas
  • Antibióticos
  • Medicamentos para o tratamento de doenças do sistema nervoso (incluindo tranquilizantes, sedativos, medicamentos para dormir e contra convulsões, entre outros)
  • Anticoncepcionais hormonais
  • Medicamentos para o tratamento de doenças do estômago

Efeitos colaterais

Existem diversos efeitos colaterais do uso do diazepam e eles variam de pessoa para pessoa. Alguns sintomas surgem no início do tratamento, mas costumam desaparecer com o tempo ou com o ajuste da dosagem, como:

  • Cansaço
  • Sonolência
  • Fraqueza muscular

O diazepam também pode apresentar outros efeitos colaterais que requerem atenção. Por essa razão, o médico deve ser informado em casos como por exemplo:

  • Ataxia, fala enrolada, dor de cabeça, tremores
  • Náuseas, boca seca ou hipersalivação, constipação
  • Agitação, irritabilidade, desorientação, agressividade
  • Vertigem
  • Hipotensão, depressão circulatória
  • Insuficiência cardíaca
  • Distúrbios renais e urinários
  • Reações cutâneas
  • Depressão respiratória

Nomes comerciais

O Valium, do laboratório Roche, é o medicamento referência do diazepam. Mas atualmente é possível encontrar esse princípio ativo em sua versão genérica, assim como nos seguintes nomes comerciais:

  • Bromazepam
  • Preni
  • Dienpax
  • Relapax

Dúvidas

Diazepam: como tomar?

A posologia do diazepam varia de acordo com a doença a ser tratada e o organismo de cada pessoa. Em resumo, a média de prescrição para adultos varia entre 5 a 20 mg/dia. Além disso, cada dose oral não deve ser superior a 10 mg. E, porque o diazepam possui casos documentados de síndrome de abstinência e dependência, o tratamento deve ter duração limitada. Outra recomendação importante é que a posologia seja progressivamente reduzida. Já no caso de pessoas acima de 60 anos, a dosagem deve ser a menor possível.

Diazepam é o mesmo que clonazepam?

Apesar de ambos serem fármacos da classe dos benzodiazepínicos, são dois medicamentos um pouco diferentes. O clonazepam, mais conhecido como Rivotril, tem meia-vida mais longa. Isso faz com que dure mais tempo no corpo que o diazepam, que tem meia-vida curta. Em termos de comparação, 0,25 mg de clonazepam equivalem a 5mg de diazepam. Mas os dois medicamentos apresentam semelhança em sua potência quando usados no tratamento de ansiedades, convulsões e transtorno do pânico.

Diazepam vicia?

De acordo com a bula do diazepam, a síndrome de abstinência e dependência é um dos efeitos colaterais possíveis. A saber, isso ocorre com uma população grande entre os que fazem uso do medicamento. Isso ocorre porque o paciente precisa de doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito com o medicamento. Justamente por isso, a posologia deve ser administrada por tempo limitado e com redução progressiva da dosagem.

Devo tomar diazepam para depressão?

O diazepam não é usado para depressão, segundo a bula. De fato, esse fármaco deve ser administrado para o tratamento de desordens intensas e prescrito somente por um médico. Então, pessoas com sintomas de depressão maior, cujo tratamento costuma ser de médio a longo prazo, não devem tomar este medicamento. Principalmente se estiverem fazendo uso de alguma das fórmulas citadas na seção de interações medicamentosas.

As informações desta página foram disponibilizadas com fins puramente informacionais. Em hipótese alguma, elas devem embasar a autoprescrição ou indicação para terceiros. Sempre consulte um especialista sobre qualquer assunto relativo à sua saúde mental.