A cultura de cuidado tem sido pauta em seguradoras e outros tipos de negócios diante de discussões relacionadas a qualidade de trabalho e saúde mental dos colaboradores.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) emitiu um relatório de um estudo sobre saúde mental, especificamente a ansiedade. E um dos resultados foi que o Brasil ocupa o primeiro lugar como o país que mais tem casos de ansiedade e seus desdobramentos. 

Todas as profissões estão propensas a gerar mal-estar e dificuldades no ambiente de trabalho, entretanto algumas demandam mais pressão, tensão e contato direto com os clientes, como é o exemplo das seguradoras que precisam lidar com um mercado que está sempre em mudança além de um ambiente altamente competitivo.

A partir disso e de outros problemas de síndrome ocupacional ligada à saúde mental que começaram a ser mapeados nas últimas décadas (e identificados como resultantes de situações no ambiente laboral), a preocupação com a saúde mental dos trabalhadores começou a preocupar seus empregadores

Já não bastasse um quadro um tanto preocupante sobre essas condições, o que ninguém esperava aconteceu: uma pandemia que mudou a rotina e a vida de milhões de pessoas. 

Esse período aumentou muito os casos de saúde mental debilitada, uma vez que houve desemprego em massa, dificuldades financeiras e outros tipos de problemas que afetaram diretamente os trabalhadores.

Como resultado, foi reforçado ainda mais a necessidade dos setores de gestão de pessoas e gestão de RH direcionarem um olhar mais apurado à saúde e bem-estar de seus colaboradores, fortalecendo o que chamamos de cultura de cuidado

Mas o que é exatamente e por que seguradoras e negócios de ramos semelhantes que são extremamente dinâmicos têm investido nisso? Para entender, continue a leitura, e acompanhe este artigo!

O que é a cultura de cuidado com a saúde mental?

Companhias de seguros precisam lidar diariamente com imprevisibilidade e insegurança, se encaixar e moldar seu atendimento de acordo com a necessidade do cliente e se adaptar com demandas de segmentos distintos.

Seus colaboradores precisam aprender a se autogerenciar para que não se esgotem em momentos de alta demanda de propostas e clientes e também não se desesperem em momentos de crise, mas para isso, o apoio da empresa também é fundamental.

Para alcançar esse balanço mantendo sua comunicação interpessoal e demandas de forma saudável, muitas empresas têm investido em uma nova cultura onde se preza pela qualidade de vida do funcionário.

A cultura de cuidado é, em um primeiro momento, uma mudança de mindset no meio corporativo

Enquanto as empresas não direcionam suas atenções para a saúde mental de seus colaboradores, algumas questões ganham força, como a falta de produtividade e desempenho de seus colaboradores e, como consequência, o impacto nos resultados esperados.

Os recursos humanos das organizações (as pessoas) começaram a ser mais valorizados quando começaram a ser vistas como o ativo mais importante de qualquer tipo de negócio. 

A partir de então o setor de RH foi redesenhado e seu objetivo era, antes de mais nada, implementar ações que promovessem o bem-estar, a qualidade de vida, o desenvolvimento pessoal e profissional e a motivação dos colaboradores. 

A gestão de pessoas passou a ser uma das metodologias mais importantes no mundo do trabalho. Só que nem sempre houve a percepção de que a saúde mental poderia ser afetada, então não se olhava muito para esse aspecto. 

A partir do momento em que se percebeu que havia problemas sérios de desmotivação, insatisfação, exaustão, ansiedade e outras condições que perturbavam e atrapalhavam o desempenho profissional dos colaboradores, a cultura de cuidado ganhou espaço e força.

Desde então, ações adotadas pelas organizações com foco em melhorar o clima organizacional foram implantadas, tais como oferecer melhores condições de trabalho, ajuda profissional e monitoramento da saúde dos colaboradores passaram a fomentar a chamada cultura de cuidado.

Por que o termo “cultura de cuidado” está em alta?

O termo “cultura de cuidado” está em alta devido, principalmente, à urgência que a pandemia imprimiu às ações das empresas em relação aos cuidados com a saúde mental dos colaboradores. 

Em um cenário mais amplo, se refere também às ações que os órgãos da saúde tomam para conscientizar sobre o problema e incitar as organizações para que deem atenção à cultura de cuidado para promover o bem-estar mental do time como um todo.

Na verdade, o termo se aplica em vários contextos e envolve sentimentos como empatia e um olhar mais atencioso ao próximo e suas dificuldades. 

Falamos em alguns momentos sobre a ansiedade, um dos males do século. No entanto, há muitas outras condições tão ou mais graves. A ansiedade, por exemplo, se tem certa frequência,  pode levar a um quadro de depressão. E a cultura de cuidado é exatamente observar esse tipo de problema e dar apoio necessário ao colaborador. 

Qual a importância das seguradoras e demais empresas investirem na saúde mental dos colaboradores?

Qualquer benefício que seguradoras e outros tipos de empresas promovam aos seus colaboradores em relação à cultura de cuidado e demais aspectos, volta em benefícios para a própria organização. 

O que as organizações precisam entender é que o primeiro passo para melhorar a saúde dos trabalhadores é o próprio ambiente de trabalho. Não adianta buscar ajuda de fora enquanto a própria casa não oferecer o acolhimento e atmosfera propícia a um bom clima organizacional. 

Isso inclusive reflete em muitos outros aspectos organizacionais, como a capacidade de a organização atrair e reter talentos, um dos grandes desafios do meio corporativo.

Conforme dissemos no início, a cultura de cuidado depende de uma mudança de pensamento. E as transformações decorrentes disso precisam ser profundas, reestruturando a cultura da empresa de forma permanente e duradoura.

Outros benefícios do investimento na saúde mental dos trabalhadores são:

  • Aumento de produtividade e bom desempenho do colaborador: com a saúde mental ruim, o colaborador acaba tendo problemas de concentração, rendimento e produtividade. Dessa forma, se a empresa investe em sua saúde mental e ele não é afetado por nenhuma condição, pois tem o apoio que precisa, isso refletirá diretamente em seu desempenho;
  • Resultados positivos e aumento na lucratividade: O retorno de ter uma equipe comprometida, engajada, motivada e mentalmente saudável, faz com que as empresas alcancem seus resultados e aumentem os lucros. Evitando dessa forma casos de ausência no trabalho, procrastinação e conflitos internos. Desta forma os processos caminham conforme os gestores planejam e esperam. 

Conclusão

Você viu como a cultura de cuidado é importante para seguradoras e outros tipos de organizações e como isso reflete no andamento da empresa — negativamente (quando não há cultura nem conversa sobre saúde mental dos trabalhadores) ou positivamente, quando há a preocupação da empresa em cuidar de seus colaboradores. 

Além disso, é notório que os benefícios são mútuos, enquanto ajuda seus colaboradores, a empresa apresenta resultados positivos.
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