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Este artigo é baseado em nosso podcast de saúde emocional, o Zencast. Neste episódio, falamos com o jornalista, escritor e ex-apresentador da Globo, Fernando Rocha. Para conferir a entrevista completa, ouça o episódio no player acima.
Após quase três décadas na emissora Globo, Fernando Rocha foi demitido inesperadamente. Apesar do susto, da tristeza e luto vivido após a situação, ele conta como o acontecimento foi importante para se redescobrir e encontrar seu verdadeiro propósito num cenário novo e cheio de possibilidades.
Nessa jornada de transição de vida, o jornalista reuniu entrevistas com profissionais que trabalham com o que consideram seu propósito de vida, e qual é todo esse caminho para chegar lá. Foi assim que ele lançou o seu mais novo livro “Como ser leve num mundo tão pesado?”, regado de lições para momentos de rupturas mais traumáticas. Segundo ele:
“A descoberta de um propósito, a descoberta de um caminho não necessariamente ou quase nunca é a descoberta da felicidade. A descoberta do que você veio fazer no mundo, esse despertar, é dificílimo, doloroso, necessário, mas muitas pessoas não têm nem ideia de como começar. Mas eu acho que o que nos dá poder é nossa capacidade de escolha, de transformar. Normalmente a gente não aciona essa tecla, e isso torna o mundo mais pesado, isso torna o mundo mais denso, menos feliz, menos confortável para se viver.”
Pode-se dizer que o propósito é algo que já existe dentro de você. O primeiro passo para começar a olhar para essa questão é buscar caminhos para identificar o que já está no seu inconsciente.
“Se você não está vendo nenhum sinal na sua vida, é justamente um sinal de que algo não anda bem. Olhe pra dentro!”
Nesse contexto, ele sugere que “olhar para fora” é o mesmo que buscar no mundo respostas que só você mesmo possui.
E o que acontece quando procuramos nos outros ou no mundo as respostas, é que começamos a nos comparar com outras pessoas, nos distanciando de uma busca por um estilo de vida mais realista dentro dos nossos próprios padrões e limites.
“A gente acha que a mudança vai vir com nosso parceiro, parceira, a mudança vai vir com algo que a gente descobre com a idade, com um filme, com a leitura. É, também, isso tudo. Mas ela precisa acontecer de dentro para fora. Porque se ela acontece de fora pra dentro, ela é acompanhada de modismos, a percepção que a gente tem da estética da internet, a comparação do palco com o nosso bastidor, a gente olha a internet, por exemplo, e vê só o palco do outro, as vitórias.”
Se seu propósito depende inteiramente do seu sucesso profissional, o caminho pode ser frustrante, afinal, qual é o sentido de viver para trabalhar?
Todo talento, aprendizado ou paixão pode contribuir para o mundo. Não é necessário ser um gênio nato ou expert no assunto. Se o que você faz ajuda ou faz diferença para alguém, com certeza te trará satisfação pessoal.
Aonde você se sente mais realizado mesmo que você não ganhe dinheiro? É importante pensar nessa questão, pois quando você não tem muita ideia do que pretende realizar, nenhuma atividade será realmente de seu contento.
Essa é uma das provocações que Fernando faz, apontando que é essencial que você procure algumas respostas dentro de si, perceba os sinais, tenha iniciativa, seja resiliente e conheça as próprias emoções. Em seu livro, são alguns princípios como esse que ajudam o seu leitor a pensar além do “plano B”.
O que você sabe fazer? O que o mundo precisa que você sabe fazer? Aí fica mais convergente: tem muita coisa que a gente sabe fazer que o mundo precisa, né? Em sua existência aqui na Terra, o que você gostaria de fazer?
Eu gosto muito de citar Aristóteles, filósofo grego, que dizia o seguinte: “Propósito é quando seus talentos se encontram com as necessidades do mundo. Algo que você saiba fazer e que você esteja precisando. Isso é empreendedorismo também.
A maioria de nós terá múltiplas fontes de propósito de vida. Mesmo assim, procure se conhecer para ter mais certeza de quais caminhos você deve percorrer, pois as mudanças e a transformação rumo ao propósito requerem coragem.
Encontrar o equilíbrio emocional enquanto se busca seu propósito é um papel complexo que pode ser facilitado com a ajuda de um profissional. Fernando sugere:
“As perguntas são mais importantes que as respostas. As perguntas é que vão mover o mundo.”
Ele admite que a principal ferramenta que usou para se reerguer e encontrar um propósito, foi o autoconhecimento. E sua grande inspiração é a seguinte reflexão:
“A vida acontece todo dia. Não só quando você “chega lá”.”
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