Você já ouviu a frase: “Mas você é psicólogo, por que tem que fazer terapia?”

O que você sentiu na hora?  Como respondeu a essa pergunta?

Algumas pessoas criaram o mito de que os psicólogos não precisam fazer terapia e que a faculdade de psicologia já basta para a solução de seus conflitos.

Veja, a faculdade de psicologia te dá uma estrutura que te permite trabalhar com o seu paciente, de modo que ele possa entender as questões e os conflitos, porém nem sempre esse leque de ferramentas funciona para fazer a própria análise, pois existem “pontos cegos” que não conseguimos ver ou que geralmente nos negamos a ver.  Desta forma, o profissional que te atenderá te ajudará a enxergar os seus “pontos cegos”, que na maioria das vezes, são a raiz do seu problema.  O que chamo de “pontos cegos”, de certa forma,  são crenças sobre determinados assuntos, ou ainda algum comportamento inconsciente que se manifesta em determinada situação.

A faculdade te dá um esboço de como você atender seus pacientes mas, de fato, fazer terapia e vivenciar esta experiência, faz você ter maiores subsídios de como atuar com o seu paciente.  A vivência do setting terapêutico fora da faculdade é completamente diferente da vivência que aprendemos na faculdade. Por isso é importante que você comece a fazer terapia durante a faculdade e que fique a par do trabalho do psicólogo.

Todavia o ponto  mais importante e essencial para o trabalho do jovem terapeuta é: ter consciência da sua personalidade e dos aspectos que pertencem a si e que pertencem ao seu paciente.  Quando não conhecemos os nossos aspectos podemos atribuí-los ao paciente, como por exemplo dizer que ele é um paciente que sofre com problemas de raiva, quando na verdade nós é que sofremos.

A esse mecanismo damos o nome de projeção.

Em psicologia a projeção é um mecanismo de defesa no qual atributos pessoais de determinado indivíduo, sejam pensamentos, emoções e sentimentos de qualquer espécie, são atribuídos a outra pessoa.  De acordo Jacoby (2011), Jung foi um dos primeiros que percebeu a necessidade de fazer análise e que a falta de autoconhecimento do terapeuta interfere no trabalho com o paciente.

Complementando, Jacoby (2011) afirma:

“A análise didática reduz os ricos de projeções infundadas por parte do analista, porque através dela ele se torna mais consciente do que se passa com ele.” Assim, entendemos por que o psicólogo necessita fazer terapia.

Como profissional que atua há 10 anos, recomendo que principalmente o psicólogo iniciante e o estudante de psicologia façam análise. Isso facilitará o seu trabalho como clínico e o ajudará a manter os seus pacientes e a proporcionar um trabalho de melhor qualidade.

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Até a próxima!

Bibliografia: JACOBY, M.  O encontro analítico: transferência e relacionamento humano – Petropolis, RJ: Vozes, 2011.