Se chegou até aqui pode ser que você está cansado do seu trabalho, de ser um colaborador em uma empresa e buscando formas de lidar com isso.
De repente você percebe que prefere fazer qualquer coisa a ir trabalhar. As tarefas podem estar mais chatas e desmotivantes, o gestor e colegas de trabalho parecem mais irritantes, o tempo parece que não passa ou até passa rápido demais. Você percebe que não está aproveitando sua vida e usando seus talentos.
Fica também por horas criando planos mirabolantes na cabeça de como será possível largar o seu trabalho CLT : “será que viro empreendedor?”, “será que tiro um ano sabático?”, “ será que transformo meu hobby de velas artesanais em um negócio?”
Estes pensamentos são ainda mais reforçados pelas imagens que você encontra nas redes sociais. É pegar o celular e se deparar com fotos de nômades digitais trabalhando na piscina, viajando por aí em uma Kombi ou que dizem que faturam oito dígitos com seus cursos online.
Olha, nos meus processos de atendimento, percebo que a grande maioria que chega com a vontade de “largar tudo”, sair da posição de colaborador para empreendedor muda de opinião no meio do processo. E sabe por que isso acontece?
Job Crafting é uma prática de reconstrução do significado do trabalho. A ideia é tornar as atividades profissionais mais produtivas e despertar uma melhor relação com o trabalho através de novos significados.
Alguns autores como Wrzesniewski, Dutton e Brunning nos sugerem algumas rotas práticas.
1. Expansão de papéis no trabalho: inclusão de novas atividades não originalmente contidas no seu escopo de trabalho visando maior desenvolvimento ou melhor uso de suas habilidades.
2. Mudanças nos relacionamentos: criação de novos relacionamentos ou buscar formas de ter interações mais agradáveis e significativas.
3. Redução de papéis: de forma consciente, encontrar formas de diminuir esforços na hora de trabalhar ou reduzir funções ou atividades
4. Organizar e gerir melhor o seu trabalho: organizar melhor seu ambiente físico e mental para melhores resultados.
5. Adotar: novas tecnologias ou modelos diferentes de trabalho para auxiliar nas entregas.
6. Metacognição: encontrar sentido no seu trabalho atual e autogestão de estados psicológicos que te afetam.
7. Remoção/ retirada física: excluir-se de situações ou de relacionamentos que não agreguem a seus objetivos.
As seguintes etapas e reflexões podem ser aplicadas para modificar o seu trabalho e como você lida com ele.
Estas reflexões podem ser altamente beneficiadas se acompanhadas de um profissional de desenvolvimento humano.
Aí vão elas:
1. Analise seu trabalho atual: tipos de tarefas, energia demandada para trabalhar e como tem se sentindo no geral.
2. Faça uma análise pessoal: quais são seus pontos fortes, motivações pessoais, obstáculos organizacionais ou tensões no trabalho.
3. Gere ideias e propostas de Job crafting. Lembrando que você não precisa fazer isso sozinho e pode contar com ajuda profissional.
4. Desenvolva o seu plano de ação de como aplicar essas intervenções e discuta com seu gestor para aplicar ideias que beneficiem você e a empresa.
Eu sou Gisele Vidal, Consultora de Carreira e Liderança e ajudo os profissionais a ficarem em paz (de novo) com o seu trabalho. Minhas consultorias individuais ajudam você a se conhecer melhor, integrar vida pessoal e carreira, lidar com o seu contexto atual de trabalho e usar seus recursos internos e externos. Tenho formações em Psicologia Positiva, Mindfulness, Coaching Executivo e já atuei por mais de 10 anos em ambientes multiculturais.