A ziprasidona é um fármaco da classe terapêutica dos antipsicóticos (neurolépticos) atípicos, também conhecidos como de 2ª geração – a mesma de outros remédios como, por exemplo, o aripiprazol e olanzapina.
Diferente dos neurolépticos típicos, os de 2ª geração têm maior tecnologia em suas moléculas, o que propicia um efeito terapêutico mais específico e com menos efeitos colaterais.
Pode-se encontrar esse medicamento pelos seguintes nomes de referência:
Descoberta nos anos 2000, a ziprasidona, disponível nas doses de 40 e 80 mg, ganhou destaque por servir para tratar uma série de transtornos, sobretudo os de natureza psicótica.
Para saber mais sobre as informações principais da bula da ziprasidona, continue conosco ao longo do artigo.
Tenha uma ótima leitura!
Assim como os demais antipsicóticos, a ziprasidona serve para tratar transtornos como:
No entanto, a ziprasidona possui um mecanismo de ação um pouco diferente dos demais neurolépticos, o que lhe permite tratar também casos de Transtorno bipolar, sobretudo em associação com estabilizadores do humor (por exemplo, o ácido valpróico).
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Aqui acontece algo interessante: a ziprasidona, diferente da maioria dos antipsicóticos (principalmente dos típicos) têm uma ação serotoninérgica mais forte que dopaminérgica.
Ou seja, apesar de antagonizar receptores de dopamina D2, a ziprasidona também age como antagonista dos seguintes receptores de serotonina:
Além disso, a ziprasidona atua em receptores:
Todo esse mecanismo orquestra os efeitos terapêuticos propiciados por tal fármaco.
*criar lista de h3 das doenças e/ou sintomas para o qual o ziprasidona é indicado*
Diante de seu diferenciado e vasto mecanismo, a ziprasidona pode ser indicada para tratar uma série de transtornos. Suas indicações presentes na bula são para:
É o transtorno psicótico mais comum do mundo, afetando por volta de 1% da população mundial, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A esquizofrenia 2 tipos de sintomas:
A diferença entre eles é que os negativos são mais difíceis de tratar, embora a ziprasidona exerça efeitos sobre os 2 tipos.
É uma condição caracterizada por ao menos 1 episódio de mania (estado de grande euforia e agitação) associada ou não a quadros depressivos.
A ziprasidona pode ser usada para tratar tanto casos de mania, como também fazer parte do esquema terapêutico (com ácido valpróico ou carbonato de lítio) de manutenção.
Os efeitos serotoninérgicos de tal antipsicótico ajudam a evitar a queda do humor e o deflagrar de um estado de depressão.
Acontece quando há comorbidade quando há comorbidade da esquizofrenia com algum transtorno do humor.
Por exemplo, um quadro de esquizofrenia somando com um transtorno bipolar pode receber o diagnóstico do transtorno esquizoafetivo.
É uma condição mais rara, uma vez que para diagnosticá-la exige bastante tempo de acompanhamento.
Parecido com um quadro de esquizofrenia, mas não contempla todos os critérios da condição.
O transtorno esquizofreniforme acontece quando os sintomas da esquizofrenia (positivos e negativos) estão presentes por parte significativa dentro do período de um mês, mas não persistem por 6 meses.
É necessário meio ano de sintomas para o diagnóstico de esquizofrenia.
Trata-se da indicação mais específica contida da ziprasidona, uma vez que a agitação é característica de várias condições psicóticas.
Além dos transtornos citados acima, outros podem suscitar aumento da psicomotricidade (o que representa um perigo para o paciente e para as pessoas ao redor), entre eles:
A ziprasidona é contraindicada a pacientes com:
Deve-se avaliar a relação risco-benefício nos seguintes casos:
Observação – como ainda carecem estudos sobre a segurança da ziprasidona em grávidas e lactentes, recomenda-se evitar o uso da medicação nessas pacientes.
Espera-se que alguns dias após a administração da ziprasidona, os efeitos começam a surgir.
Assim, espera-se, nos casos de esquizofrenia e transtornos correlatos, uma melhora não só nos sintomas positivos, mas também nos negativos.
No caso de tratamento para transtorno bipolar com ziprasidona, espera-se uma maior estabilidade do humor (durante a manutenção) e reversão para o estado normal do humor – eutimia (durante o tratamento para a mania).
*criar lista de h3 de todos os efeitos, explicando cada um deles*
Alguns dos efeitos colaterais contidos na bula da ziprasidona são:
Foram descritos casos de tromboembolismo venoso (TEV) – ocasião em que um coágulo se desprende de seu local de origem e causa um infarto ou acidente vascular encefálico – associados à ziprasidona.
Assim, durante o tratamento com ziprasidona é importante tomar medidas preventivas devem ser tomadas para evitar a formação de trombos (coágulos), entre elas:
A Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM), um quadro clínico potencialmente fatal, foi relatada em associação a fármacos antipsicóticos, incluindo a ziprasidona.
Embora não se saiba exatamente o mecanismo causador da SNM, deve-se ficar atento aos sintomas dela, sobretudo durante as primeiras semanas do tratamento com antipsicótico:
Reação a medicamentos com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) foi relatada com a exposição à ziprasidona.
A DRESS consiste de uma combinação de três ou mais das seguintes reações:
Além da DRESS, outra reação cutânea grave possível é a Síndrome de Steven-Johnson – doença caracterizada pelo surgimento de lesões avermelhadas em todo o corpo, dificuldade em respirar, febre, que podem colocar em risco a vida da pessoa afetada.
Ao detectar qualquer reação dérmica durante o uso da ziprasidona, informe ao médico o qual irá decidir a melhor conduta a ser tomada.
Há vários reações secundárias possíveis ao uso da ziprasidona, entre elas:
*explicar o que acontece quando misturado com outros medicamentos, citando em h3 quais são esses medicamentos que não podem ser misturados*
Para maior segurança e eficácia da ziprasidona, é preciso estar atento com as interações farmacológicas dela. Seguem alguns exemplos contidos na bula:
Nosso coração é uma bomba que se contrai à medida que um impulso elétrico passa pelas células musculares cardíacas (miocárdio).
Tal contração ocorre em um momento chamado “despolarização” que é basicamente quando há uma diferença de potencial elétrico importante em relação ao interior e exterior das células cardíacas, fazendo-nas contrair.
Acontece que alguns remédios, entre eles a ziprasidona, aumentam o tempo para que a despolarização aconteça.
Em associação com outros fármacos que também suscitam esse efeito colateral, gera-se maior risco de arritmias, entre elas algumas potencialmente fatais como a de torsade de pointes.
É importante ter cuidado com tais associações, uma vez que podem causar fortes danos no SNC, levando à coma ou até mesmo à morte em casos extremos.
Assim, é importante evitar ao máximo o uso de remédios e substâncias depressoras do SNC (sobretudo em altas doses) em associação com a ziprasidona, entre eles:
Foi constatado que o efeito da ziprasidona diminui quando em associação com a carbamazepina.
Este fármaco é um anticonvulsivante que também tem uma ação na estabilização do humor.
Assim, nos casos em que se usa carbamazepina, recomenda-se a troca dela por um outro anticonvulsivante com ação segura em associação com a ziprasidona (como, por exemplo, o ácido valpróico.
Além da carbamazepina, outros remédios podem cortar o efeito da ziprasidona, pois aceleram as enzimas que metabolizam o fármaco, entre elas:
Não, a ziprasidona, da mesma forma que os outros antipsicóticos, não gera dependência.
Isso quer dizer que, mesmo se utilizando doses máximas da medicação não se sentirá sintomas de abstinência após ficar algum tempo sem tomar o remédio.
Tal reação tipicamente ocorre com psicofármacos de duas classes específicas:
Geralmente, os tratamentos com ziprasidona para esquizofrenia e transtornos correlatos são contínuos, uma vez que se tratam de condições crônicas.
No entanto, caso esse medicamento tenha sido adicionado para tratar questões pontuais ou como droga adjuvante do tratamento, o antipsicótico poderá ser retirado após um período do uso.
Sempre quem indicará a cessação do uso da ziprasidona será o médico.
Em alguns casos, a depender da dose utilizada, precisará ser feito um desmame (retirada gradual) da substância.
Segundo a bula da ziprasidona, um efeito colateral comum é a náusea, a qual é sentida por 1 a 10% dos pacientes que fazem uso do antipsicótico.
Caso esqueça-se de tomar ziprasidona no horário estabelecido, deve tomá-lo assim que lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e tomar a próxima. Neste caso, o paciente não deve tomar a dose duplicada para compensar doses esquecidas. O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Em casos de superdose, em geral, os sintomas mais comumente relatados foram: sintomas extrapiramidais, sonolência, tremor e ansiedade. Nessas situações deve-se buscar ajuda médica o quanto antes.
A ziprasidona é um fármaco antipsicótico atípico (mesma classe de medicações como o aripiprazol e risperidona, por exemplo).
Embora seja de grande valia para tratar transtornos psicóticos, sozinha não contempla todo o potencial de melhora dos pacientes.
Para tanto é preciso buscar auxílio da terapia, seja ela presencial ou online.
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