O maleato de fluvoxamina é um antidepressivo inibidor seletivo da recaptação de serotonina (ISRS) descoberto em 1983 por meio de modificações na molécula da fluoxetina.
Assim, a fluvoxamina se tornou um dos primeiros ISRS a serem comercializados no Brasil, sendo um marco para o tratamento de transtornos de ansiedade e depressão.
Desde a sua descoberta, quem produz o fármaco é o laboratório Abbott Saúde, o qual disponibiliza a fluvoxamina pelo nome de referência Luvox®. Há também as seguintes versões similares:
Embora o preço dos fármacos de referência da fluvoxamina seja mais alto do que o da maioria dos outros antidepressivos, há também a opção genérica, cujo preço é mais baixo.
Continue conosco para saber as principais informações sobre a fluvoxamina!
A fluvoxamina, assim como todos os antidepressivos ISRS, tem efeito no tratamento de transtornos de ansiedade e de depressão.
Em especial no caso da fluvoxamina, ela apresenta bons resultados no tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo, que é classificado, de acordo com o CID-10, como um problema relacionado à ansiedade.
Assim, a fluvoxamina serve para diminuir a compulsividade e abrandar os pensamentos obsessivos que aplacam quem sofre de TOC.
O principal mecanismo de atuação da fluvoxamina é o bloqueio dos canais que fazem a recaptação da serotonina da fenda sináptica (espaço entre 2 neurônios) para dentro do neurônio.
Diferente de outros antidepressivos (sobretudo os da classe dos tricíclicos) a atuação da fluvoxamina é praticamente restrita ao aumento da serotonina, neurotransmissor ligado à sensação de bem-estar.
Contudo, a fluvoxamina também age, de forma branda, como agonista do receptor sigma 1 da dopamina, aumentando levemente as concentrações desse neurotransmissor no sistema nervoso central.
De acordo com as informações contidas na bula da fluvoxamina, ela é indicada para os seguintes transtornos:
O TOC é um transtorno de ansiedade caracterizado pela presença de:
De forma excepcional, a fluvoxamina pode ser prescrita para o tratamento de TOC também para crianças maiores de 8 anos de idade.
O transtorno depressivo maior é uma condição caracterizada pela perda de prazer, que dura pelo menos duas semanas, por atividades que antes eram satisfatórias.
Muitos casos de depressão estão relacionados com uma queda na produção do neurotransmissor serotonina.
Assim, o maleato de fluvoxamina é um remédio que atua nessa causa, aumentando os níveis de serotonina no cérebro e reduzindo os sintomas do transtorno.
O maleato de fluvoxamina é um medicamento contraindicado para uso por:
Espera-se que o uso da fluvoxamina amenize os sintomas de TOC e depressão, uma vez que esse fármaco serve para conter a ansiedade e tristeza resultantes dessas condições.
No entanto, os efeitos não costumam ser rápidos, já que é necessário um tempo para atingir a concentração terapêutica de serotonina no cérebro.
Assim, o tempo para que os efeitos esperados surjam é de:
Embora alguns efeitos colaterais do maleato de fluvoxamina sejam considerados comuns (incidência de 1 a 10% dos pacientes), alguns deles têm frequência rara ou até mesmo desconhecida.
Exemplos de efeitos colaterais comuns são:
Veja alguns dos efeitos secundários classificados de por grupos:
Frequência não conhecida:
É comum o maleato de fluvoxamina causar a falta de apetite, podendo levar ao emagrecimento.
Esse efeito pode ter relação com a ação levemente estimulante que contém a fluvoxamina.
A ansiedade do paciente pode aumentar nos primeiros dias após o uso da medicação..
Possui uma incidência comuM:
Menos frequentes, mas também possíveis são os seguintes sintomas de incidência:
Para conhecer todos os efeitos colaterais do maleato de fluvoxamina basta acessar a bula da medicação que estará ao final do conteúdo.
O uso concomitante com outros antidepressivos, lítio e com tramadol deve ser feito com cautela, pois tais medicações aumentam também a quantidade de serotonina, podendo causar:
Ambas são condições raras mas potencialmente fatais e por isso, ao notar qualquer sintoma, é crucial buscar ajuda médica.
Além de aumentar as chances de inativar a ação dos ADT’s, o uso concomitante da fluvoxamina com eles pode elevar a probabilidade de sangramentos.
Outrossim, é importante realizar ajustes quando se utiliza outras classes de medicações que têm seus níveis aumentados com a fluvoxamina, entre elas:
A maior parte das interações medicamentosas da fluvoxamina está relacionada com o aumento da “potência” da fluvoxamina, podendo causar intoxicações e reações adversas graves como a síndrome serotoninérgica.
No entanto, durante o tratamento com o antidepressivo recomenda-se evitar o uso de bebidas alcoólicas, pois o álcool pode acelerar a metabolização dos fármacos, prejudicando os seus efeitos terapêuticos.
Embora não se tenha evidências que o fármaco cause dependência química, pode-se apresentar algumas reações após a interrupção do tratamento com fluvoxamina, entre elas:
A fim de se obter bons resultados terapêuticos e poucos efeitos colaterais com o uso de fluvoxamina, é importante seguir as seguintes dicas:
Os casos de tratamento de depressão, de acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), devem durar no mínimo 6 meses.
Nesse mesmo contexto, as abordagens para reverter os sintomas de TOC costumam durar vários meses ou, em alguns casos, até anos.
Por isso, o tratamento com maleato de fluvoxamina deve ser pensado, na maioria das vezes, no longo prazo.
O médico é o responsável por determinar quando o tratamento será interrompido e de que maneira isso será feito (geralmente é feito um desmame).
O preço da fluvoxamina varia de acordo com a dose e a referência. Por exemplo, uma caixa de Luvox® (30 comprimidos de maleato de fluvoxamina) tem um preço de por volta de R$100.
A dose limite preconizada para adultos é de 300 mg por dia. Normalmente, inicia-se o tratamento com fluvoxamina com a dose mínima de 50 ou 100 mg e aumenta-se gradativamente até se obter bons índices de melhora.
A perda de apetite é um efeito colateral possível da fluvoxamina. Isso se dá pois o fármaco reduz o apetite. É importante ter o acompanhamento de um nutricionista que irá prescrever uma alimentação saudável e personalizada para cada paciente.
Ainda não se pode dizer com segurança que a fluvoxamina serve para tratar a infecção do Sars-CoV-2. O que alguns estudos mostraram foi uma redução no tempo de internação dos pacientes com a COVID-19 que fizeram o uso do antidepressivo (o aumento da serotonina teria efeito anti inflamatório nesse caso).
Por fim, o maleato de fluvoxamina é uma medicação eficaz para tratar depressão e TOC que está disponível no mercado pelo nome de referência Luvox® e também pelos similares Revoc® e Dumyrox®.
Apesar de sua eficácia comprovada para melhora de tais condições, a fluvoxamina por si só não atinge todo o potencial de melhora possível.
Para isso, é indispensável procurar ajuda através da terapia, já que ela permite desenvolver formas concretas de lidar e conter a ansiedade, bem como superar a tristeza.
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1) https://consultaremedios.com.br/maleato-de-fluvoxamina/bula
2) https://www.medicinanet.com.br/conteudos/medicamentos/500/fluvoxamina.htm
3)https://dam.abbott.com/pt-br/documents/pdfs/nossas-bulas/r/bu-06-revoc-bula-paciente-final.pdf