Quando se trata da educação dos filhos, cada um tem a sua própria maneira de fazer. Não existe um manual e muito menos fórmula secreta para educar filhos. Porém, existem algumas coisas que podemos fazer para evitar o desgaste emocional, tanto das crianças quanto dos adultos.

Por exemplo, é muito comum que no momento em que os pais chamam a atenção do filho para algo que fez de errado a criança comece a chorar. Alguns pais são mais autoritários, e cansados de ouvir o choro interminável, ou querendo impor seu autoritarismo, pedem para a criança “engolir o choro”.

Eu sei que a intenção é colocar limites (e que bom que os pais se preocupam com limites), mas existem formas de fazer isso que sejam menos agressivas para a criança. Quando você pede para que ela engula o choro, está dizendo que não importa o que ela sente e que ela não pode contar com você para lhe explicar e acolher suas emoções.

Nem sempre as próprias crianças entendem porque estão chorando. Às vezes ficam decepcionadas por magoar os pais, às vezes se sentem envergonhadas por errar, às vezes se sentem culpadas por destruir aquele objeto que os pais tanto amavam, às vezes é só por birra mesmo, a questão é que vários podem ser os motivos.

Como tudo é novidade para elas, talvez seja mais eficaz perguntar o que estão sentindo para tentar orientar com muita paciência e amor sobre isso. Isso não quer dizer que você está “passando a mão na cabeça” da criança, porque você pode (e deve) manter a sua firmeza ao explicar o que ela fez de errado. Outra coisa que você diz com essa atitude é que você ama o seu filho mesmo que ele erre de vez em quando. Você diz que ele tem de se responsabilizar pelo que fez, mas que você caminhará ao lado dele apesar disso, que ele pode confiar em você, e assim não errar mais em situações parecidas.

Entendo que nem sempre temos disposição emocional para agir com tanta paciência. De verdade, eu sei que é cansativo. Mas é importante que a gente tente, é importante que a gente faça o nosso melhor para não perder o controle com os pequenos, afinal estamos educando-os para amar. É importante lembrar que as crianças são os futuros adultos.