Os padrões de comportamento são algo que faz parte da vida de qualquer pessoa, o fato é que não temos consciência do quão presente eles estão em nosso dia a dia. Algumas pessoas possuem uma facilidade maior para mudanças, já outras precisam de um tempo maior.
Todos temos padrões de comportamento, quando eles não nos prejudicam não há grandes problemas. Mas, quando esse padrão de comportamento tende a ser destrutivo, ele não só prejudica a vida da pessoa de modo geral, como também prejudica o seu equilíbrio emocional.
Para entendermos melhor o que são e como quebrar esse padrão de comportamento vamos olhar para exemplos e diferentes tipos que podem nos prejudicar no dia a dia.
De forma simples e objetiva, padrão de comportamento é algo que se repete, como por exemplo sempre enfrentar o mesmo tipo de situação no trabalho, ou então conseguir fazer uma determinada coisa da mesma maneira todas as vezes.
Essas situações repetidas, em determinados momentos podem acabar nos prejudicando e na grande maioria das vezes não conseguimos entender o motivo. Porém, embora não seja uma missão fácil, é preciso reconhecer esses padrões e querer mudar.
Quando nos referimos a mudança, não quer dizer aquela mudança radical, de passar a fazer completamente o oposto que você faria. Por exemplo, a pessoa que “não consegue dizer não”, passará a dizer não para tudo, esse tipo de atitude não se sustentará por muito tempo.
Essa mudança precisa ser de forma gradativa e levará um certo tempo, afinal você estará deixando de fazer algo que sempre fez da mesma forma durante toda sua vida para fazer de outra maneira.
Isso requer tempo, paciência e principalmente muita força de vontade, afinal sempre iremos tentar fazer como antes pois era de certa forma mais “fácil” e cômodo.
A maioria dos nossos padrões de comportamento vem do nosso inconsciente e são desenvolvidos pela influência de diversos fatores, como o ambiente que vivemos, nossa estrutura familiar, amizades, entre outros.
Esses padrões de comportamento estão enraizados em nossa mente e nos fazem agir quase que deixando o lado racional de lado. Por isso, eles podem ser tão nocivos.
Existem diversos padrões de comportamento, uns mais comuns e outros nem tanto. O fato é que cada pessoa possui o seu padrão, que vem de forma inconsciente e nos leva a agir de forma repetida.
Um exemplo disso é a procrastinação. Procrastinar tomada de decisões e deixar de colocar em prática seus objetivos e aquilo que deseja fazer é um exemplo de padrão de comportamento nocivo.
Para ilustrar melhor, vamos usar o exemplo da dieta. É muito comum ouvirmos “tal dia eu começo”, normalmente esperando pelo melhor momento de começar uma mudança. O problema é que esse dia nunca chega.
Diante disso, podemos entender que essa é uma característica muito comum de postergar coisas que podemos realizar naquele exato momento, mas preferimos deixar para outro dia.
Outro padrão muito comum e que também faz parte da grande maioria das pessoas, é de querer encontrar um responsável ou culpado para tudo, e isso acontece em qualquer ambiente onde a pessoa está inserida, seja ele corporativo ou familiar.
Um exemplo disso é quando acontece algo dentro do local de trabalho e geralmente é algo que deu errado e a pessoa tenta sempre buscar meios de tirar a responsabilidade de si e transferir para o outro.
Citamos apenas dois padrões muito comuns, mas eles estão presentes nos mais diversos aspectos da nossa vida, nos atrapalhando e confundindo nossas ações racionais.
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O perfil comportamental se trata de um conjunto de características pessoais de cada um, ou seja é a forma como cada pessoa, que obviamente possui uma personalidade diferente da outra, reage diante de diferentes situações.
Dentre os diversos perfis comportamentais, podemos destacar os:
Já os padrões de comportamentos, referem-se às situações que se repetem. De forma mais clara, é quando o indivíduo responde da mesma maneira a um determinado estímulo durante toda sua vida, como por exemplo dizer que irá iniciar um projeto em um determinado dia, mas esse dia nunca chega.
Como já mencionamos anteriormente, o autoconhecimento é a melhor maneira para se identificar padrões de comportamento. O que é preciso entender é que os padrões possuem de certa forma um vínculo com as recompensas.
De forma mais clara, para cada padrão uma necessidade está sendo alimentada, portanto é desse modo que os vícios daquelas ações e sentimentos existem. E nesse ciclo vicioso em que vivemos, ao tentar evitar determinadas situações, acabamos caindo em novos padrões.
Existem diversos padrões de comportamentos e, infelizmente, eles acabam limitando nossas ações. Além disso, precisamos destacar que muitos desses padrões vêm de nossas famílias e do ambiente onde estamos inseridos.
Portanto, é muito importante pararmos para nos auto avaliar e enxergar aquilo que queremos mudar quanto às nossas atitudes. Entendemos que para muitos identificar esses padrões em si próprio não é uma tarefa simples.
O que podemos adiantar para ajudar nesse processo é que existem de modo geral três tipos de padrões de comportamento: A, B e C e estão diretamente relacionados a perfis de personalidades mais específicos.
Padrão onde as pessoas são ambiciosas e competitivas, buscam reconhecimento e auto-afirmação. Costumam realizar várias tarefas ao mesmo tempo e estão em uma constante luta para atingir seus objetivos, estão sempre apressadas, impacientes e atarefadas, como uma hiperatividade.
Em virtude disso, estão mais vulneráveis a se acidentarem e uma das características principais é que não aceitam facilmente o fracasso. Tendem a ser mais agressivas em suas relações interpessoais e seu principal foco é a si próprio e seus sucesso.
O tipo B é o padrão oposto do tipo A. Dificilmente são pessoas ansiosas e apresentam um perfil mais paciente, compreensivo e equilibrado. Assim como qualquer pessoa, tem seus sonhos e busca seus objetivos, mas são pessoas mais centradas mesmo quando chegam onde desejam.
Pessoas que possuem esse perfil conseguem desenvolver seu autoconhecimento e são mais seguras. Desse modo, apresentam bons relacionamentos interpessoais e com isso atingem seus objetivos sem atropelar sequer uma etapa.
Nesse perfil, as pessoas possuem uma personalidade mais voltada para o emocional e tendem a cooperar mais com o próximo, mesmo que independente da situação se anulem de alguma maneira.
Sendo assim, são pessoas que de certa forma anulam a negatividade e inibem suas expressões de emoção, ou seja, controlam suas expressões negativas em situações de conflito, por exemplo. Além disso, acreditam que são incapazes de chegar onde desejam e tendem a se “calarem” em prol do outro.
Ter um padrão de comportamento pode passar despercebido em determinadas situações ao longo de nossas vidas, porém nem sempre esses padrões nos trazem retornos positivos.
Ou seja, essas respostas repetidas em várias situações nos prejudicam e muitas das vezes não sabemos o motivo. Por vezes lidamos com o estresse, ansiedade social e outras dificuldades sem entender que pode ser um efeito dos nossos padrões de comportamento.
Até certo ponto esses padrões podem ser considerados “normais”, afinal a grande maioria das pessoas possuem, o problema que devemos nos atentar é quando eles passam a interferir em nossas vidas.
Eles podem nos prejudicar em nossa vida profissional, relacionamentos interpessoais, em coisas simples do nosso dia a dia e, principalmente, trazem danos a nossa saúde psicológica.
Por isso, buscar ajuda de um profissional da psicologia para atingir o autoconhecimento e, assim, identificar esses padrões para realizar as mudanças necessárias é extremamente importante para todos.
Quebrar esses padrões não é tão simples assim, requer muita força de vontade, além do desejo de querer mudar por parte da pessoa. É importante ter em mente que nesse processo de mudança ainda iremos repetir o padrão que desejamos mudar, mas o mais importante é não desistir na primeira “recaída”.
Nesse momento podemos até nos questionar como um psicólogo pode me ajudar, mas é fato que o processo de terapia pode tornar a quebra de padrões muito mais rápida e consciente.
É claro que estamos falando de um processo para ser realizado a longo prazo, mas que, se a pessoa realmente estiver focada nessa mudança, ela conseguirá perceber mudanças de forma mais breve. E para ajudar nesse processo, separamos algumas dicas.
Buscar o autoconhecimento nem sempre é uma tarefa muito simples, por isso nesse processo é preciso ajuda de um psicoterapeuta. Com ele você conseguirá tratar suas questões internas e, assim, trabalhar para atingir o autoconhecimento.
Mas é importante manter os trabalhos com o psicólogo, afinal somos seres humanos passíveis de erros e falhas e regredir infelizmente é uma delas. Portanto, não deixe o tratamento de lado, pois ele é extremamente importante.
Pratique técnicas de concentração, mindfulness e olhar para si. Dessa forma, podemos evitar tantos desvios no processo.
Com o autoconhecimento, identificar os padrões será uma tarefa muito mais fácil, por isso é preciso prestar bastante atenção em si para entender e encontrar o que está errado e precisa de mudanças.
A mudança é um passo muito importante. Ao identificar o padrão, querer mudá-lo só dependerá de você. É como mencionamos, o processo de mudança é longo e você terá recaídas, repetindo o padrão por algumas vezes, mas o mais importante é não desistir e manter o foco na mudança, assim você conseguirá atingir seu objetivo.
Os padrões de comportamento normalmente são nocivos e nos atrapalham mais no dia a dia do que conseguimos perceber. É preciso entender e identificar quais são esses padrões para então enxergar como podemos mudar para melhor.
Esse é um processo delicado e que quando feito com a busca pelo autoconhecimento pode gerar resultados muito positivos. Por isso, a informação e a ajuda de uma equipe variada de profissionais como psicólogos, terapeutas e coaches pode facilitar essa jornada.
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DEL PRETTE, Zilda Aparecida Pereira; DEL PRETTE, Almir. Habilidades sociais e análise do comportamento:: proximidade histórica e atualidades. Perspectivas em análise do comportamento, v. 1, n. 2, p. 104-115, 2010.